Em mais uma circulação cultural, uma marca na trajetória do GPT, será apresentado o espetáculo teatral “Lepras”, de Dinho Gonçalves, seguido por debate e distribuição gratuita de exemplares do livro “Mediação Cultural no Acre, existe?”, de Marília Bomfim, nas cinco escolas públicas que receberão o projeto.
Trabalhando a abordagem da “Mediação Cultural”, o GPT traz à tona a hanseníase, uma doença que marcou a saúde pública no Acre por muitos anos, e que ainda hoje traz consequências sociais, muitas vezes invisibilizadas aos olhos da sociedade.
“O espetáculo “Lepras” foi montado por Dinho Gonçalves em 2021, a partir das técnicas do Teatro Essencial, em uma experiência de formação coletiva do GPT. Trazendo a hanseníase para o centro das discussões, a ideia é levar o espectador a refletir sobre esta doença para além das lesões de pele e danos aos nervos causados, mas sobre as graves enfermidades sociais a ela inerentes: o preconceito, o isolamento e o abandono.
“Lepras” é uma denúncia histórica, a partir da experiência do Palhaço Tenorino com os moradores e pacientes do antigo Leprosário, um espaço criado em 1928 para isolar as vítimas do bacilo de Hansen e que acabou se tornando a atual Casa de Acolhida Souza Araújo”, esclarece Marília Bomfim, fundadora e atriz do GPT.
Iniciando no dia 12, na Escola João Aguiar, o projeto circulará nas escolas Glória Perez (dia 15), Santiago Dantas (dia 18), Raimundo Gomes (dia 18) e Sebastião Pedrosa (dia 20), em uma agenda ampla, que observou, como é comum das ações do GPT, a inclusão de diversos públicos, contemplando zonas urbana e rural, periferias e a diversidade de gêneros, classes sociais e etnias.
Após a apresentação de “Lepras”, o ator e diretor Dinho Gonçalves realizará um debate com os espectadores, tratando não apenas a temática do espetáculo, mas todo o seu processo de criação e montagem, e contribuindo, através da perspectiva da “Mediação Cultural”, para uma aproximação significativa entre público e obra de arte. É uma abordagem que marca a atuação do grupo, aprofundada pela pesquisa acadêmica de Marília Bomfim, que originou o livro “Mediação Cultural no Acre, existe?”, lançado em 2022, que terá exemplares distribuídos gratuitamente pelo projeto.
“É uma alegria para o GPT executar um projeto financiado pela Lei Paulo Gustavo, uma política pública que foi fruto de muita luta e mobilização do setor cultural nacional. Esse recurso chega ao Acre e possibilita a realização de atividades importantes, que chegam até as comunidades, como é o caso do “Mediação Cultural II”. Levaremos não apenas teatro, mas reflexão sobre aspectos importantes da sociedade acreana, onde vivemos e atuamos. Esse é, e sempre será, uma das nossas funções da cultura. Além disso, queremos plantar uma semente nas escolas que nos acolherão, contribuindo para qualificar cada vez mais esse importante encontro entre o espectador, no caso, alunos e servidores, e a obra de arte”, finaliza Dinho Gonçalves, fundador do GPT, ator e diretor do espetáculo Lepras.
Para mais informações sobre o GPT e o projeto “Mediação Cultural II”, acesse as redes sociais do grupo. https://www.instagram.com/teatro.gpt.acre e https://teatrogpt.blogspot.com/
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