domingo, 6 de outubro de 2013

A FEIRA


"A FEIRA", por Golby Pullig

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GPT prepara espetáculo que estreia em setembro em Rio Branco

GPT prepara espetáculo que estreia em setembro em Rio Branco

O ator, diretor, bailarino popular, quadrilheiro, graduado em Educação Física com pós-graduação em Teatro, José Maciel, afasta títulos e experiências quando se envolve em um novo projeto. Recomeços e desafios fazem parte do cotidiano do paraibano de Alagoa Grande, convidado pelo Grupo do Palhaço Tenorino para dirigir o espetáculo A feira, da dramaturga potiguar Lourdes Ramalho, com estreia prevista para setembro em Rio Branco.
Os grupos de teatro GPT e Cia. Oxente se encontraram no Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa (PR) em 2012. No palco encenaram os trabalhos Quem é o rei? e Anáguas (texto também de Lourdes Ramalho), respectivamente. Surgiu ali a ideia do intercâmbio proporcionado pela seleção do GPT no Edital Cultura e Comunidade da Fundação Elias Mansour. Esta é a primeira vez que um espetáculo do grupo não terá a direção de Dinho Gonçalves desde a sua criação.
A feira 3 - Foto GPT
Maciel virá ao Acre em duas etapas prestar consultoria e assessoria de dramaturgia ao GPT, que se reinventa inserindo novos elementos cênicos, novos atores à formação tradicional e uma direção também inédita à produção que está sendo preparada em tempo recorde para os padrões do grupo. Em quatro meses tudo deverá estar pronto. Os trabalhos têm uma rotina diária de cinco a oito horas. A segunda visita de José Maciel será em setembro, data próxima da estreia.
“A proposta é de intercâmbio mesmo. Vim aqui fazer trabalhos com artistas. Não quero confrontar a cultura e o conhecimento que esses atores têm com o que eu trouxe. A intenção é desenvolver uma dramaturgia universalizada”, diz o diretor. O figurino da peça é de Tainá Macedo, da Cia. Oxente. Hoje, o grupo faz ensaio aberto no Teatrão a partir das 18 horas com entrada gratuita. A feira tem como apoiadores Liras Lanches, Costelão do Julião e Big Lanche.
(Por Golby Pullig)

Espetáculo ‘A Feira’ estréia na próxima sexta-feira, dia 27

 http://agazetadoacre.com/geral/44021-2013-09-24-21-23-52.html

Espetáculo ‘A Feira’ estréia na próxima sexta-feira, dia 27

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 A tragicomédia ‘A Feira’, um dos clássicos da renomada dramaturga paraibana Lourdes Nunes Ramalho, chega aos palcos acreanos sob a direção de José Maciel. O espetáculo será apresentado nos dias 27, 28 e 29, a partir das 20h, na Usina de Artes João Donato.
 O grupo de teatro GPT, realizadora do evento, experimenta o intercâmbio cultural e de conhecimento. Em outros espetáculos da equipe, o ator Dinho Gonçalves costumava dirigir as peças. No entanto, ‘A Feira’ inova ao contar com o trabalho do paraibano José Maciel. “O grupo pensou que seria interessante para a gente testar outro diretor para montar o evento. Conhecemos o trabalho do Maciel no Paraná e adoramos. Ele veio em julho, passou quinze dias e voltou agora para ficar até o final do mês”, explica.
 O espetáculo é indicado para maiores de 14 anos, pois contém cenas fortes. Dinho Gonçalves alega que apesar disso, o evento promete arrancar choro e risos da platéia. Trata-se de uma arte que pode comover o público em alguns momentos e levá-los às gargalhadas em outro.
 O evento faz parte de um projeto aprovado pelo governo estadual, por meio do edital Cultura e Comunidade. Segundo Dinho Gonçalves, essa será a primeira peça com estréia marcada para 2013, pelo Teatro GPT Acre, em Rio Branco. O último trabalho foi realizado em 2010, com a reestréia de ‘Os Saltibancos’. “Queremos que toda a família confira esse espetáculo organizado com muita dedicação. Os ensaios começaram ainda em janeiro. O resultado precisa ser conferido”, convida.
Os ingressos estão sendo vendidos na própria Usina de Artes João Donato, com valores de R$ 20 inteira e R$ 10 meia entrada.
Sinopse – ‘A Feira’ trata de maneira trágica, a saga de uma família, que vai à feira como qualquer cidadão brasileiro, para comprar, vender e vislumbrar o que de belo puderem encontrar. Chegando à feira, suas vidas são transformadas diante das injustiças do abuso do poder, do preconceito, da malandragem, do opressor, dos oportunistas, que ao perceberem suas fragilidades, os atiram em um mundo perverso, onde a generosidade, a bondade e a crença em Deus abrem espaço à crueldade humana. Os oprimidos acabam se transformando em opressores impiedosos. Todas as mazelas sociais aparecem nessa história.

"A Feira" - matéria publicada no Ecos da Notícia!!

 http://www.ecosdanoticia.com.br/cultura/2013/09/feira-estreia-nesta-sexta-feira-27-rio-branco.html
 
sáb, 28 de setembro de 2013 0h51

‘A Feira’ estreia nesta sexta-feira (27) em Rio Branco

Do G1
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O universo das feiras livres levado para o palco. Essa é a proposta de ‘A Feira’ novo espetáculo do Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) que estreia nesta sexta-feira (27)  às 20h, na Usina de Arte João Donato, no Distrito Industrial de Rio Branco.
a_feira
A peça possui direção do pernambucano José Maciel e apresenta a história de uma família que viaja do campo para uma uma feira na cidade grande. Para o autor, esse encontro entre mundos distintos fazem parte da essência da feira livre.
“A feira é um universo magnífico onde você pode encontrar todas as classes sociais tudo que você possa ter de bom de alimentos tanto para fisiologia quanto para a alma. É um lugar onde você encontra flores bonitas, onde você vê uma verdadeira intervenção urbana. Onde as pessoas são verdadeiras, a gente encontra os loucos, os bêbados, as senhoras, crianças. A feira livre pelo próprio nome é livre para aproximadamente tudo, lá você pode se encontrar, tanto você compra como pode vender”, diz entusiasmado.
Encontro
Um encontro durante o Festival Nacional de Teatro em Ponta Grossa (PR) no final de 2012 foi o ponto de partida para a montagem do espetáculo. “Estávamos em Ponta Grossa quando conheci o elenco do GPT e uma bela noite eles assistiram Anáguas [outro espetáculo dirigido por Maciel] e me fizeram a proposta de vir ao Acre para dirigir um espetáculo”, conta o diretor.
Segundo ele, inicialmente a única coisa defintiva além do diretor era a exigência do GPT que o texto a ser encenado fosse algum do acervo da escritora potiguar radicada na Paraíba Lourdes Ramalho. “Até então não sabíamos que texto seria, só sabiam que gostariam que fosse um texto dessa dramaturga porque gostaram muito de Anáguas”, lembra.
A partir daí, as conversas continuaram por correio eletrônico. “A gente vem fazendo esse romance desde novembro do ano passado. Mandei o texto, mas deixei livre para eles escolhessem qual seria. A ideia era ficar mandando textos, mas eles leram ‘A Feira’, se apaixonaram e optaram em montá-la”, conta.
Maciel diz que como não teria muito tempo para vir ao Acre o processo de escolha do elenco ficou por conta de Marília Bonfim e Dinho Gonçalves do GPT, mas ele fez apenas uma exigência. “Deixei claro que eu gostaria muito que a Sandra Buh fizesse o personagem do Bastião, que seria um grande desafio para a atriz”, ressalta.
Espetáculo Generoso
Lourdes Ramalho, a autora de ‘A Feira’, nasceu em 1923 em Jardim do Seridó, uma cidadezinha do Rio Grande do Norte localizada na fronteira com a Paraíba. Nascida em uma família de professores e artistas.
“Ela escreve há bastante tempo e é vizinha da feira em Campina Grande (PB) onde vive. O universo que a Dona Lourdes escreve é o teatro regionalista, popular, de cordel. E ela que tem essa grande magia de transpor para o teatro o universo das feiras livres”, explica Maciel.
De acordo com o diretor é esse universo que o público deve encontrar ao assistir ao espetáculo. “É um texto magnífico. Quem vier assistir vai vir com a tranquilidade de ver um trabalho bonito, sem pretensão nenhuma, mas muito generoso e com muita alma. Onde a gente vai poder rir e se emocionar muito”, diz.
Regionalidade
Uma das preocupações do diretor ao fazer a montagem foi de deixá-lo com todas as características de um espetáculo acreano, apesar do texto ter todas as características regionais do Nordeste.
“Eu sempre trabalho com os textos de dona Lourdes e minha intenção e universalizar cada vez mais a obra dela. Longe de mim transformar as pessoas em nordestinos, eles não são nordestinos, são nortistas. Nascidos e criados no Acre. Evitei que tentassem um sotaque nordestino apesar de nossa semelhança. É um texto que por si as pessoas vão saber que é regional nordestino, mas que os atores são acreanos e a montagem é acreana, senão não existiria a universalização do texto”, explica.
Trabalhando pela primeira vez no Acre, o diretor aproveita para elogiar e pedir por mais intercâmbios. “Gostaria de agradecer ao Governo do Estado, a toda cidade de Rio Branco, aos atores e artistas dessa cidade e chamo a atenção para que a gente possa pegar o que tem de bom em Rio Branco e fazer mais desse intercâmbio que surge agora com a Cia Oxente e GPT”, finaliza.
‘É minha nóia’
Completando 25 anos de carreira em 2013, a atriz Sandra Buh recebeu do diretor o desafio de interpretar ‘Bastião’, um rapaz com deficiência intelectual. Algo difícil mesmo para alguém com bastante experiência de cena.
“É um grande desafio, porque fazer o Bastião é muito delicado. Como fazer um personagem sem ridicularizar o deficiente? É muito, muito desafiador, estou tentando, sempre tendo esse cuidado. Fazer o papel de homem poderia sair um esteriótipo ou uma mulher fazendo papel normal. Agora fazer um adolescente deficiente é difícil”, explica.
Apesar disso ela diz que “Cada trabalho é um, a experiência me faz ter facilidade, mas vou ter a mesma dificuldade. O que as pessoas não compreendem. É a minha nóia”, conclui.
O espetáculo fica em cartaz de sexta-feira (27) a domingo (29) às 20h, na Usina de Arte João Donato. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 a meia entrada. Indicado para maiores de 14 anos.

A FEIRA em A Gazeta do Acre

GPT estreia A Feira em setembro e realiza turnê no Nordeste em 2014 

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 O Grupo Palhaço Tenorino traz aos palcos acreanos a dramaturgia universal da paraibana Lourdes Ramalho. O espetáculo A Feira tem estimativa de estreia na segunda quinzena de setembro na Usina de Artes.

 Contemplado pela edital Cultura e Comunidade 2012 da Fundação Elias Mansour, o GPT já trabalha com a lógica de encenar a peça em Campina Grande, João Pessoa e Lagoa Grande (interior da Paraíba) ano que vem.

 A responsabilidade não é pequena. Lourdes Ramalho, hoje com quase 90 anos, é conhecida pela exigência na análise, Já mandou tirar dos palcos, espetáculos que tinham a sua assinatura no texto por considerá-los sem qualidade suficiente. “Para todos nós é um desafio e uma honra encenar A Feira”, reconhece o diretor do GPT, Dinho Gonçalves.

 No próximo domingo, o público já pode sentir o cheiro e ouvir um pouco do barulho d’A Feira no Centro Cultural Taumaturgo Filho, no Manoel Julião. O grupo está concebendo as cenas, afinando cantigas e conhecendo as entranhas de “Zabé”.

 Figurinos, cenografia e iluminação trazem a digital do José Maciel que defende a obra de Lourdes Ramalho há mais de 30 anos, sobretudo pela atuação da companhia de teatro que coordena, a Oxente.

 A proximidade entre a Oxente e o GPT se concretizou no último Festival Nacional de Teatro em Londrina, de onde o grupo acreano trouxe o prêmio de melhor atriz coadjuvante pela atuação de Sandra Buh na peça Quem é o Rei?
Universalidade d’A Feira expõe conflitos humanos
 Ele nasceu na terra de Jackson do Pandeiro: em Lagoa Grande, na Paraíba. Assistiu à peça A Feira pela primeira vez em 1983. Com 14 anos, assumiu a condição de defensor da dramaturgia de Lourdes Ramalho pelos palcos do Nordeste e do Brasil. E, desde então, faz isso como uma missão. Durante o intervalo dos ensaios com o grupo GPT, no charmoso Centro Cultural Taumaturgo Filho, o diretor José Maciel conversou com A Gazeta.
 O que A Feira tem de universal? O que faz da obra de Lourdes Ramalho ser necessária no Acre, na Paraíba, no Brasil?
José Maciel - Desde que eu trabalho os textos de D. Lourdes é, justamente, universalizar essa dramaturgia. Esse sofrimento da família que chega, que sai... porque no decorrer do espetáculo, eles acabam se perdendo em meio a muito sofrimento. O que tem a ver, o que tem de universal com a feira acreana, boliviana, peruana? A questão do opressor, do oprimido, ele vai estar em questão, independente dos lugares que nós estejamos. Seja na Paraíba, no Acre, em qualquer lugar.
As personagens são encontradas em todo lugar com outros sotaques

 Esses personagens, essas pes-soas que permeiam as feiras, elas vão estar sempre presente no universo popular; no universo humano, na degradação humana. Como eu falei no início, independente que esteja aqui ou esteja na Paraíba, vai ter sempre a figura do opressor e do oprimido. E mesmo um simples feirante, ele está sempre na sua base principal. Ele é feirante, mas ele está como vendedor. Ele é o dono. E quem chega para comprar, por mais que tenha dinheiro, ele é subjugado à situação de quem está vendendo. Não precisa ser dono de um grande supermercado.
A essência é a mesma

 Um dono de uma pequena banca já defende a mesma essência. A essência é a mesma. O poderio vai estar dentro do ser humano. Porque o lado de ser superior, o lado da humilhação, que a gente não percebe, mas acaba usando... até mesmo o desprezo a quem está mal vestido ou bem vestido dentro de uma feira. Se você chega a uma feira livre e você tem uma bolsa, você acaba sendo melhor atendido do que aquela pessoa que, apesar de ter dinheiro, se veste de maneira diferente. Esses conceitos políticos e econômicos que estão dentro do texto de Dona Lourdes vêm sempre permeando a vida toda.
Essa é a primeira direção sua aqui no Acre. Que impressões você teve do grupo? A proximidade histórica e cultural entre Acre e Ceará facilita o trabalho na hora do palco?
 Facilita. Na conversa que eu tive com o grupo eu disse para que eles façam A Feira e interpretem as personagens sem necessariamente ter que buscar uma interpretação para que ele se torne nordestinos. Eles não vão ser nordestinos nunca. Nordestinos são as personagens. A dramaturgia já remete a isso. Quem assistir vai ver que se trata de uma feira contextualizada em Capina Grande, porque a gente faz questão de deixar a dramaturgia na sua essência, mas são acreanos interpretando. O sotaque vai ser acreano. Eu não tenho porque pegar os atores e fazer com que eles imitem o nordestino.
Isso seria clichê, não?
 Aí, eu não iria universalizar a dramaturgia e nem iria universalizar a própria universalização do acreano. Eles têm que chegar na Paraíba, no Rio Grande do Sul com o sotaque acreano fazendo o personagem nordestino. Eu tenho que entender que eles são nortistas, eles são acreanos. Eles não são do Nordeste. Eu não tenho porque fazer essa exigência de fazer todo mundo sofrer e buscar o esteriótipo para estereotipar os tipos que existem na feira. O tipo de feirante daqui é que tem que tá presente na alma deles. A dramaturgia já é nordestina.
A produção do espetáculo: cenografia, figurino está sob a tua responsabilidade também?
 Aí é uma parte bem cruel porque, além de conceber o espetáculo inteiro, nós, enquanto diretor, temos ideia do espetáculo que queremos. Eu sei que apesar de ser uma feira, o espetáculo vai ter uma linguagem bem contemporânea.
“Contemporânea” eu poderia entender pelo o quê? Palco limpo...
 Você não vai ver a banquinha de feira tradicional. Ao chegar n’A Feira você não vai ver o que você vê pela rua. Isso seria deixar o espetáculo muito Naturalista, muito Realista. Talvez, até o Realismo Fantástico vá existir. O que vai se vê são praticados que vão circular o palco inteiro: ele entra nessa poética toda que já traz esse sofrimento da família que vai estar dentro da feira. Esse praticado, de repente se transforma. Ele passa a ser o balcão do Homem da Cobra, a banca do Chico das Batatas, a banca da tapioqueira, a banca onde o dentista vai extrair dente e depois a banca do fotógrafo lambe lambe.
Quando vamos à feira com a sacola vazia temos a intenção de voltar para casa com a sacola cheia de frutas, legumes. Quem assistir à peça A Feira vai sair com a sacola cheia? O que fica de essência?
 A nossa intenção, e tomara Deus que a gente atinja isso, é a reflexão. A pessoa vai sair daqui sabendo que o ser humano é igual, independente do seu patamar de vida, de seus status, nós todos somos iguais em desgraça. Ele vai sair daqui pleno de possibilidade do cheio de erva doce que pode lhe acalmar. Mas, o mais importante é que ele saia com a sacola e permeada do entendimento econômico, do entendimento político, da conjuntura atual que o Brasil inteiro está passando.

https://agazetadoacre.com/geral/42289-gpt-estreia-a-feira-em-setembro-e-realiza-turne-no-nordeste-em-2014.html

Matéria do G1

'A Feira' estreia nesta sexta-feira (27) em Rio Branco

27/09/2013 09h39 - Atualizado em 27/09/2013 10h58

'Universo magnífico onde você pode encontrar todas as classe', diz diretor.
Espetáculo fica em cartaz até domingo (29).

O universo das feiras livres levado para o palco. Essa é a proposta de 'A Feira' novo espetáculo do Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) que estreia nesta sexta-feira (27)  às 20h, na Usina de Arte João Donato, no Distrito Industrial de Rio Branco.

A peça possui direção do pernambucano José Maciel e apresenta a história de uma família que viaja do campo para uma uma feira na cidade grande. Para o autor, esse encontro entre mundos distintos fazem parte da essência da feira livre.
"A feira é um universo magnífico onde você pode encontrar todas as classes sociais tudo que você possa ter de bom de alimentos tanto para fisiologia quanto para a alma. É um lugar onde você encontra flores bonitas, onde você vê uma verdadeira intervenção urbana. Onde as pessoas são verdadeiras, a gente encontra os loucos, os bêbados, as senhoras, crianças. A feira livre pelo próprio nome é livre para aproximadamente tudo, lá você pode se encontrar, tanto você compra como pode vender", diz entusiasmado.
Encontro
Um encontro durante o Festival Nacional de Teatro em Ponta Grossa (PR) no final de 2012 foi o ponto de partida para a montagem do espetáculo. "Estávamos em Ponta Grossa quando conheci o elenco do GPT e uma bela noite eles assistiram Anáguas [outro espetáculo dirigido por Maciel] e me fizeram a proposta de vir ao Acre para dirigir um espetáculo", conta o diretor.
Segundo ele, inicialmente a única coisa defintiva além do diretor era a exigência do GPT que o texto a ser encenado fosse algum do acervo da escritora potiguar radicada na Paraíba Lourdes Ramalho. "Até então não sabíamos que texto seria, só sabiam que gostariam que fosse um texto dessa dramaturga porque gostaram muito de Anáguas", lembra.
A partir daí, as conversas continuaram por correio eletrônico. "A gente vem fazendo esse romance desde novembro do ano passado. Mandei o texto, mas deixei livre para eles escolhessem qual seria. A ideia era ficar mandando textos, mas eles leram 'A Feira', se apaixonaram e optaram em montá-la", conta.
Maciel diz que como não teria muito tempo para vir ao Acre o processo de escolha do elenco ficou por conta de Marília Bonfim e Dinho Gonçalves do GPT, mas ele fez apenas uma exigência. "Deixei claro que eu gostaria muito que a Sandra Buh fizesse o personagem do Bastião, que seria um grande desafio para a atriz", ressalta.
Espetáculo Generoso
Lourdes Ramalho, a autora de 'A Feira', nasceu em 1923 em Jardim do Seridó, uma cidadezinha do Rio Grande do Norte localizada na fronteira com a Paraíba. Nascida em uma família de professores e artistas.
"Ela escreve há bastante tempo e é vizinha da feira em Campina Grande (PB) onde vive. O universo que a Dona Lourdes escreve é o teatro regionalista, popular, de cordel. E ela que tem essa grande magia de transpor para o teatro o universo das feiras livres", explica Maciel.
De acordo com o diretor é esse universo que o público deve encontrar ao assistir ao espetáculo. "É um texto magnífico. Quem vier assistir vai vir com a tranquilidade de ver um trabalho bonito, sem pretensão nenhuma, mas muito generoso e com muita alma. Onde a gente vai poder rir e se emocionar muito", diz.
Regionalidade
Uma das preocupações do diretor ao fazer a montagem foi de deixá-lo com todas as características de um espetáculo acreano, apesar do texto ter todas as características regionais do Nordeste.
"Eu sempre trabalho com os textos de dona Lourdes e minha intenção e universalizar cada vez mais a obra dela. Longe de mim transformar as pessoas em nordestinos, eles não são nordestinos, são nortistas. Nascidos e criados no Acre. Evitei que tentassem um sotaque nordestino apesar de nossa semelhança. É um texto que por si as pessoas vão saber que é regional nordestino, mas que os atores são acreanos e a montagem é acreana, senão não existiria a universalização do texto", explica.
Trabalhando pela primeira vez no Acre, o diretor aproveita para elogiar e pedir por mais intercâmbios. “Gostaria de agradecer ao Governo do Estado, a toda cidade de Rio Branco, aos atores e artistas dessa cidade e chamo a atenção para que a gente possa pegar o que tem de bom em Rio Branco e fazer mais desse intercâmbio que surge agora com a Cia Oxente e GPT", finaliza.
'É minha nóia'
Completando 25 anos de carreira em 2013, a atriz Sandra Buh recebeu do diretor o desafio de interpretar 'Bastião', um rapaz com deficiência intelectual. Algo difícil mesmo para alguém com bastante experiência de cena.
"É um grande desafio, porque fazer o Bastião é muito delicado. Como fazer um personagem sem ridicularizar o deficiente? É muito, muito desafiador, estou tentando, sempre tendo esse cuidado. Fazer o papel de homem poderia sair um esteriótipo ou uma mulher fazendo papel normal. Agora fazer um adolescente deficiente é difícil", explica.
Apesar disso ela diz que "Cada trabalho é um, a experiência me faz ter facilidade, mas vou ter a mesma dificuldade. O que as pessoas não compreendem. É a minha nóia", conclui.
O espetáculo fica em cartaz de sexta-feira (27) a domingo (29) às 20h, na Usina de Arte João Donato. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 a meia entrada. Indicado para maiores de 14 anos.

http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2013/09/feira-estreia-nesta-sexta-feira-27-em-rio-branco.html

GPT ensaia novo espetáculo que estreia em setembro

Sáb, 13 de Julho de 2013

GPT ensaia novo espetáculo que estreia em setembro

 

O ator, diretor, bailarino popular, quadrilheiro, graduado em Educação Física com pós-graduação em Teatro, José Maciel, afasta títulos e experiências quando se envolve em um novo projeto. Recomeços e desafios fazem parte do cotidiano do paraibano de Alagoa Grande, convidado pelo Grupo do Palhaço Tenorino para dirigir o espetáculo A feira, da dramaturga potiguar Lourdes Ramalho, com estreia prevista para setembro em Rio Branco.
José Maciel dirige espetáculo A feira do Grupo do Palhaço Tenorino - Foto: DivulgaçãoJosé Maciel dirige espetáculo A feira do Grupo do Palhaço Tenorino - Foto: Divulgação
Os grupos de teatro GPT e Cia. Oxente se encontraram no Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa (PR) em 2012. No palco encenaram os trabalhos Quem é o rei? e Anáguas (texto também de Lourdes Ramalho), respectivamente. Surgiu ali a ideia do intercâmbio proporcionado pela seleção do GPT no Edital Cultura e Comunidade da Fundação Elias Mansour.
Maciel virá ao Acre em duas etapas prestar consultoria e assessoria de dramaturgia ao GPT, que se reinventa inserindo novos elementos cênicos, novos atores à formação tradicional e uma direção também inédita à produção que está sendo preparada em tempo recorde para os padrões do grupo. Em quatro meses tudo deverá estar pronto. Os trabalhos têm uma rotina diária de cinco a oito horas. A segunda visita de José Maciel será em setembro, data próxima da estreia.
"A proposta é de intercâmbio mesmo. Vim aqui fazer trabalhos com artistas. Não quero confrontar a cultura e o conhecimento que esses atores têm com o que eu trouxe. A intenção é desenvolver uma dramaturgia universalizada", diz o diretor. O figurino da peça é de Tainá Macedo, da Cia. Oxente. Hoje, o grupo faz ensaio aberto no Teatrão a partir das 18 horas com entrada gratuita. A feira tem como apoiadores Liras Lanches, Costelão do Julião e Big Lanche.

Espetáculo “A Feira” entra em cartaz na Usina de Arte



Uma trajetória teatral de 22 anos que perpassa por montagens de espetáculos de dramaturgos brasileiros, projetos de formação e vivências em vários festivais nacionais. Assim o Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) constrói a sua história e traz para o público de Rio Branco mais uma de suas produções teatrais: “A Feira”. A temporada com estreia na sexta, 27, na Usina de Arte João Donato, às 20 horas, traz mais duas apresentações, sábado e domingo, 28 e 29.
A ideia de uma nova montagem teatral pelo GPT surgiu do intercâmbio com grupos de outros estados brasileiros. Ela veio se consolidar no Festival Nacional de Teatro (Fenata), no encontro do grupo com a Companhia Oxente de Atividades Culturais, da Paraíba, dirigido por José Maciel. O espetáculo “A Feira”, tem texto de Lourdes Ramalho, com direção de Maciel.
Para Dinho Gonçalves, fundador e diretor do GPT, a escolha desta dramaturga é estratégica. “Uma vez que a cultura nordestina, retratada em sua obra, compõe uma importante vertente da formação das identidades culturais acreanas, devido ao grande número de migrantes nordestinos que vieram para o Acre para trabalhar na extração da borracha”, explica.
O espetáculo - “A Feira” conta a emocionante história de uma pequena família nordestina, que chega na cidade grande carregada de ilusões e esperanças, e encontra no ambiente de uma feira popular a dura realidade dos grandes centros urbanos brasileiros.
Dinho Gonçalves vê no projeto um grande desafio na trajetória do GPT. “Essa troca é uma vivência maravilhosa que muito tem a contribuir para a produção teatral acreana. O texto de Lourdes traz uma mistura de costumes, tradições, símbolos, e formas de se expressar, modos de ver e de interpretar o mundo”, diz.
O espetáculo é financiado pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) com recursos do Fundo Estadual de Cultura (FunCultura), edital Cultura e Comunidade.
Quem é Lourdes Ramalho? Autora de extensa obra publicada, celebrada como grande dama da dramaturgia nordestina, premiada no Brasil, em Portugal e na Espanha em inúmeros concursos de dramaturgia e festivais de teatro, Lourdes é uma das expressões mais significativas da nossa dramaturgia contemporânea de autoria feminina.
O GPT - Grupo do Palhaço Tenorino já levou seus espetáculos para diversos públicos. Com um trabalho que busca proporcionar a democratização de seu fazer artístico para diferentes camadas sociais e faixas etárias, o GPT já encenou espetáculos de Plínio Marcos, Chico Buarque e Ariano Suassuna, e também já inovou, com textos próprios, como é o caso dos espetáculos “Quem é o Rei?”, premiado por duas vezes pela Funarte, e “A Menina e o Palhaço”. O GPT tem circulado em palcos das grandes capitais brasileiras, nas ruas, palcos improvisados, muitas vezes feitos de “chão de terra batida”. Em sua última turnê, considerada por muitos críticos locais como “corajosa” e inovadora, feita com financiamento do governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour (FEM), o GPT fez apresentações em municípios e vilas do Acre, onde grande parte dos espectadores nunca havia assistido a um espetáculo de teatro. Todos os espetáculos montados pelo GPT foram dirigidos por Dinho Gonçalves, fundador do grupo.

http://www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/cultura/26659-espetaculo-a-feira-entra-em-cartaz-na-usina-de-arte.html

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PROGRAMAÇÃO - FETAC em Cena 2013

http://fetac.blogspot.com.br/2013/08/sinopses-dos-espetaculos-fetac-em-cena.html

OS SALTIMBANCOS

Teatro de Arena do SESC 
30/08 17h 
 Teatro GPT - AC



Escrito pelo italiano Sergio Bardotti e pelo argentino Luis Enríquez Bacalov, o espetáculo é uma adaptação do conto dos Irmãos Grimm "Os Músicos de Bremen" e narra a história do encontro de quatro animais que devido aos maus tratos fugiram de seus patrões. Juntos decidem formar um grupo musical e rumam à cidade para começar a carreira artística. No caminho, um encontro inesperado muda o destino dos animais. Traduzido e adaptado em tempos de ditadura, o texto infantil foi a maneira encontrada por Chico Buarque para passar pela censura da época uma manifestação artística que representasse uma revolta ao sistema imposto pelos militares.
"Existe uma ligação inegável entre a repressão que acontece no texto e a que acontece hoje em dia nesse nosso mundo poder. E as crianças, que são nosso público alvo, entendem perfeitamente a relação de poder que acontece na peça", afirma o diretor Dinho Gonçalves.
Toda a história é entrecortada com músicas que, na leitura do GPT, ganham novos arranjos e novas melodias. Quem assina a direção musical é também Dinho Gonçalves, premiado em 1998, no Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa - PR (FENATA) e ,em 1999, no Festival Nacional de Teatro de São Jose do Rio Preto/SP pelo arranjo musical da primeira montagem do grupo.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, com adaptação em português de Chico Buarque
Direção: Dinho Gonçalves
Elenco: Dinho Gonçalves/ Bell Paixão/ Nathânia Gomes/Anderson Poblen/ Luis Eduardo/ James Guerreiro/ Marília Bonfim/ Sandra Buh.
Contra regra: José Neto e Kariane Lins
Cenografia: Darci Selles
Figurino e Adereços: O Grupo
Operação de Luz: Socorro Paiva

terça-feira, 4 de junho de 2013

Grupo de teatro abre vagas para atores em Rio Branco

O Grupo do Palhaço Tenorino procura atores para completar o elenco da peça A feira. A montagem está sendo desenvolvida desde maio, com direção de José Maciel e texto da dramaturga Lourdes Ramalho. O GPT oferece, além do trabalho, oportunidade para que os atores possam estudar com o grupo que está em atividade há 22 anos.

(Foto: Divulgação do espetáculo)
(Foto: Fecomércio)
São três vagas, sendo que duas são destinadas a homens. Os currículos podem ser entregues na Usina de Arte até o dia 10 de junho, de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 18h00 aos cuidados de Bell Paixão.
Para se candidatar à vaga é preciso ter mais de 18 anos e tempo disponível para os ensaios que acontecerão no horário das 8h às 12h (durante a semana) e de 14h às 19h (aos finais de semana), nos meses de junho, julho, agosto e setembro.
Atualmente, o GPT está em cartaz com o espetáculo Quem é o rei?, todos os sábados de junho, às 20 horas, no Teatro de Arena do Sesc por meio do projeto Encena no Arena. O grupo já encenou dezenas de espetáculos, tanto no Acre como em outros estados do país, em turnês ou festivais de teatro e já recebeu oito prêmios nacionais.
(Da redação/Com informações do GPT)

    segunda-feira, 18 de março de 2013

    SEMANA DO TEATRO - FETAC 2013















    Programe-se! Todas as apresentações serão GRATUITAS!!!

    Dia 22/03 - Sexta
    08h Os Saltimbancos - GPT - Plácido de Castro
    10h O menino que visitou a Lua - Orákulos - Teatro de arena do
    SESC Centro 
    10h As Mulheres de Molière - Cia Visse Versa - Xapuri 
    10h Os Saltimbancos - GPT - Senador Guiomard
    15h As Mulheres de Molière - Cia Visse Versa - Brasiléia 
    19h Seminário: "Teatro e Comunidade" - Cine Teatro Recreio
    Palestra: Teatro e Cidade 
    Palestrante: Wlad Lima - PA

    Dia 23/03 - Sábado
    09h Seminário: "Teatro e Comunidade" - Teatro de Arena do SESC
    Palestra: Teatro Comunitário
    Palestrante: Chico Simões - Mamulengo Presepada - DF
    19h As Mulheres de Molière - Cia Visse e Versa - Novo Mercado Velho 
    20h Quem é o Rei? - Teatro GPT - Teatro de Arena do SESC
    22h Festa Dionisíaca - Casarão

    Dia 24/03 - Domingo 
    17h Memórias de Emília - Trupe do Banzeiro - Teatro de arena do SESC
    19h O Romance do Vaqueiro Benedito - Novo Mercado Velho 
    Mamulengo Presepada 
    20h A Saga de Yobá - Cia Garatuja - Teatro de arena do SESC
    20h As Revoluções - Grupo Trincheiras - Praça Biblioteca Pública 

    25/03 - Segunda
    09h As Revoluções - Grupo Trincheira - Calçadão do Colégio Acreano 
    15h A Coroa do Rei Leão - Camalearte - Cine Teatro Recreio
    15h O menino que Visitou a Lua - Orákulos - Teatro Barracão
    15h O Romance do Vaqueiro Benedito - Usina de Arte João Donato
    Mamulengo Presepada
    20h A Saga de Yobá - Cia Garatuja - Teatro Barracão

    26/03 - Terça
    09h Os Saltimbancos - Teatro GPT - ESAM - Escola Acreana de Música 
    16h Memórias de Emília - Trupe do Banzeiro - Centro Cultural Thaumaturgo Filho 
    19h Comédia Del'Acre - Cia Visse e Verssa
    20h A Coroa do Rei Leão - Centro de Florestania do Bujari 

    27/03- Quarta 
    10h A Coroa do Rei Leão - Camalearte - Centro Cultural Thaumaturgo Filho 
    16h Memórias de Emília - Trupe do Banzeiro - Centro Cultural Lidia Hammes 
    18h As Revoluções - Grupo Trincjeiras - Praça da Juventude - Bairro Areal 
    20h Comédia Del'Acre - Cia Visse e Versa - Bairro Dom Moacir